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Bombardeios no Líbano: ACNUR intensifica apoio às comunidades afetadas

24 de setembro de 2024 – O ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, manifesta profunda preocupação com a grave escalada dos ataques ocorridos ontem, que até o momento, de acordo com o Ministério da Saúde Pública do Líbano, deixaram 492 mortos, incluindo 35 crianças e 58 mulheres, e feriram mais de 1.645 pessoas. 

As consequências humanitárias são devastadoras. Dezenas de milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, fugindo ontem e ao longo da noite, e o número continua a crescer. Isso ocorre em uma região já devastada pela guerra e em um país que conhece muito bem o sofrimento causado por ela. 

Desde o início da situação em Gaza (antes da última escalada), confrontos contínuos ao longo da Linha Azul, na fronteira sul do Líbano, deslocaram mais de 102.000 pessoas. 

O impacto sobre os civis é inaceitável. A proteção de civis e da infraestrutura civil no Líbano deve ser prioridade. O direito humanitário internacional deve ser respeitado. Um fim às hostilidades é urgentemente necessário. Agora é o momento para que a comunidade internacional trabalhe para evitar mais sofrimento e destruição. Também é crucial intensificar o apoio ao Líbano e ao seu povo, que precisam do nosso compromisso hoje mais do que nunca. Uma maior escalada e expansão deste conflito na região seria absolutamente devastadora. 

O papel do ACNUR 

Antes desses últimos eventos, o ACNUR já estava respondendo às necessidades humanitárias de libaneses e refugiados, principalmente do Sul do país. Até julho, o ACNUR havia fornecido mais de 116.000 itens de emergência, assistido cerca de 57.200 pessoas com assistência em dinheiro e apoiado abrigos coletivos, bem como acesso a abrigo seguro, cuidados de saúde e apoio psicossocial. 

As equipes do ACNUR estão apoiando a resposta aos deslocamentos mais recentes do Sul, bem como nos subúrbios do sul de Beirute, em Saida e no Vale do Bekaa. Elas estão oferecendo assistência e proteção urgentes aos afetados — incluindo cidadãos libaneses e refugiados. Isso inclui o acesso a abrigo seguro, cuidados de saúde e apoio psicossocial, além de continuar defendendo sua proteção nessas circunstâncias. 

O ACNUR continua apoiando as autoridades locais para responder às necessidades emergenciais. Uma lista inicial de abrigos em todo o Líbano, principalmente escolas, para acomodar os deslocados foi compartilhada pelo governo. O ACNUR e seus parceiros já iniciaram avaliações desses locais para oferecer suporte adequado, inclusive adequando-os para abrigar os deslocados com segurança e dignidade, bem como fornecendo itens de primeira necessidade e auxílio financeiro. O ACNUR está pronto para continuar apoiando o Ministério da Saúde, disponibilizando seus equipamentos médicos e kits de primeiros socorros. 

Refugiados 

O Líbano continua sendo o país que hospeda o maior número de refugiados per capita, com a estimativa do governo de 1,5 milhão de refugiados sírios e 11.411 refugiados de outras nacionalidades. Antes dos últimos ataques desta semana, cerca de 87.000 refugiados residiam nas províncias do sul. 

Foi relatado o deslocamento de refugiados do sul e da região do Vale do Bekaa para outras áreas, além de movimentos pendulares. Outros refugiados permanecem ou retornaram para áreas afetadas e sob risco. 

Refugiados que fugiram de sua pátria em busca de segurança e proteção agora enfrentam a realidade de serem deslocados mais uma vez e forçados a reviver o trauma do deslocamento, já que os próprios lugares onde buscaram refúgio são agora envolvidos pelo conflito – o que apenas exacerba as vulnerabilidades já existentes. Nove em cada dez refugiados sírios precisam de assistência humanitária para cobrir suas necessidades básicas, como resultado dos impactos combinados da recessão socioeconômica, da pandemia de COVID-19, da explosão em Beirute e, mais recentemente, da situação em Gaza. 

O fluxo de pessoas deslocadas do sul do Líbano desde outubro de 2023 também levou ao aumento vertiginoso dos aluguéis em regiões mais seguras, como Beirute e Monte Líbano, piorando as circunstâncias já difíceis para os refugiados sírios. 

Desde outubro de 2023, foram relatadas 33 mortes de cidadãos sírios e 113 feridos em ataques aéreos nas províncias do sul. O ACNUR está acompanhando de perto as famílias das vítimas, que foram encaminhadas para serviços de gestão de casos para receber o suporte necessário, incluindo assistência financeira de emergência. O ACNUR também continuará cobrindo os custos médicos e de hospitalização para os refugiados sírios impactados pelas hostilidades. 

O ACNUR continuará apoiando a população do Líbano, a resposta humanitária liderada pelo governo do país e os muitos refugiados que os libaneses generosamente vêm acolhendo ao longo dos anos. 

CONTATO PARA IMPRENSA 

Leonardo Medeiros 

PSP Assistant Communications Officer 

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+55 11 98077-0910