No Rio Grande do Sul, ACNUR reforça compromisso de apoio a grupos mais vulnerabilizados e ações de reconstrução e prevenção de desastres
No Rio Grande do Sul, ACNUR reforça compromisso de apoio a grupos mais vulnerabilizados e ações de reconstrução e prevenção de desastres

Em evento com secretários municipais e setor privado, ACNUR destacou contribuições de pessoas refugiadas em diferentes setores da economia gaúcha
A presença em dois eventos realizados nessa semana no Rio Grande do Sul reforçou o compromisso da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no apoio à reconstrução do Estado após as enchentes de 2024, na atuação para prevenção de desastres ligados a eventos climáticos extremos e na promoção da integração socioeconômica de pessoas refugiadas e migrantes nas comunidades de acolhida.
Na terça-feira, 08/04, o Oficial de Meios de Vida e Inclusão Econômica do ACNUR, Paulo Sergio Almeida, se uniu a representantes do setor privado, do Governo do Estado e gestores municipais no Fórum de Secretários Municipais de Desenvolvimento, Inovação e Trabalho do Rio Grande do Sul. Com painéis e mesas de debate, o evento proporcionou o compartilhamento de experiências na empregabilidade de pessoas refugiadas e migrantes, assim como a identificação de oportunidades para que elas consigam contribuir com o desenvolvimento econômico de diferentes setores da economia.
“O acolhimento de pessoas refugiadas e outras deslocadas no Rio Grande do Sul é fundamental para o desenvolvimento de curto, médio e longo prazo do Estado. Ele conecta as necessidades de inserção socioeconômica dessas pessoas com as demandas dos agentes econômicos, beneficiando as comunidades de acolhida e o povo gaúcho”, afirmou Almeida. “A participação de empresas nesse evento consolida a necessidade de espaços de debate empresarial para inclusão de pessoas refugiadas, como o Fórum Empresas com RefugiadosLink is external, que esperamos ver em breve presente no Rio Grande do Sul."
Já no dia 09/04, ele esteve presente no Seminário da Operação Taquari, evento que teve como objetivo identificar as lições aprendidas em resposta às enchentes, propor estratégias de gestão de riscos e fomentar o diálogo entre especialistas, a fim de aprimorar a prevenção, a resposta e a recuperação em futuros desastres naturais. Desde outubro, o ACNUR e o Governo do Rio Grande do Sul possuem um acordo para apoio técnico para elaboração de planos de contingência em situações de risco e emergência envolvendo pessoas com necessidade de proteção internacional e atingidos por eventos climáticos extremos. O acordo se deu em função da experiência do ACNUR nesse tema, e na atenção necessária às pessoas refugiadas e migrantes nesses contextos, uma vez que são duplamente atingidas e forçadas a se deslocar. Das quase 600 mil pessoas atingidas pelas cheias, estima-se que 43 mil eram pessoas com necessidade de proteção internacional.

Importância das ações conjuntas entre diferentes setores e organizações foi destacada em Seminário da Operação Taquari
"O seminário foi um momento importante para lembrar da importância da ação conjunta e para fazer um balanço da resposta dada às consequências das enchentes de 2024. Também foi importante para pensarmos o pós-desastre, com priorização de medidas de prevenção, adaptação, mitigação, incluindo planos de contingência, e a construção da resiliência da população, inclusive das comunidades de populações refugiadas”, destacou Almeida.
Há anos o ACNUR trabalha em parceria com organizações locais no Rio Grande do Sul, concentrando atenção especial para recepção de pessoas interiorizadas por meio da Operação Acolhida e para a promoção da inclusão socioeconômica de pessoas que necessitam de proteção internacional. Com as enchentes de 2024, foi estabelecido um escritório em Porto Alegre, que seguirá com ações ao longo de 2025.