8M: Campanha do ACNUR alerta sobre perigos específicos na jornada de mulheres refugiadas em busca de proteção
8M: Campanha do ACNUR alerta sobre perigos específicos na jornada de mulheres refugiadas em busca de proteção
No marco do Dia Internacional da Mulher, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no Brasil lança a campanha #MulheresQueMovemMundos, que alerta para os perigos específicos enfrentados por mulheres e meninas refugiadas e deslocadas de forma forçada, mas também a forma como contribuem continuamente com suas famílias e comunidades mesmo nos cenários mais desafiadores – tornando-se pilares que multiplicam a segurança e a paz.
Esta é uma campanha que facilita o engajamento público em apoio às mulheres refugiadas em todo mundo, e possibilita que o público conheça mais sobre as realidades e contribua para a segurança e garantia de direitos de mulheres e meninas desde as jornadas de deslocamento forçado, até a integração social com acesso a serviços básicos, educação, emprego.
O ACNUR oferece proteção a mulheres e meninas em todas as etapas do deslocamento forçado para promover sua integração sustentável e solidária nas comunidades que as acolhem.
Vulnerabilidades específicas
Estima-se que 1 em cada 5 mulheres deslocadas no mundo tenha sido vítimas de violência sexual. Aquelas que estão desacompanhadas, grávidas, possuem alguma deficiência, são chefes de família ou idosas estão ainda mais vulneráveis a abusos.
Globalmente, as mulheres e meninas representam cerca da metade das mais de 100 milhões de pessoas forçadas a se deslocar, mas há situações em que são a esmagadora maioria. No caso da guerra da Ucrânia, por exemplo, estima-se que 90% das pessoas que cruzam uma fronteira internacional em busca de proteção – ou seja, pessoas refugiadas - são mulheres e crianças.
No âmbito da maternidade, mulheres tornam-se especialmente vulneráveis pela dificuldade de acessar serviços de saúde para si e seus filhos. A falta de acompanhamento e cuidados na fase pré-natal, durante e pós-parto, são um dos maiores fatores de mortalidade materna e infantil entre mulheres deslocadas.
Muitas mães dão à luz no trajeto do deslocamento ou no país de acolhida, inclusive em abrigos ou campos de refugiados e enfrentam muitas dificuldades de prover o básico para os filhos: alimentação adequada, educação, lazer e serviços de saúde.